segunda-feira, 14 de março de 2011

 O Carnaval acabou. Finalmente. Há muito que eu gostava de brincar nas ruas de Olinda e Recife atrás de blocos, orquestras, fumaças e biritas diversas. Sábado que vem completo quarenta verões (muito bem aproveitados por sinal), mas não é por isso que não tenho mais paciência com a festa profana. É pela presença garantida do lado negro da força. Todo o lado chato se repete sistematicamente. Olinda lotada de gente, trânsito horrível, cheiro de mijo num raio de dez quilômetros, taxistas ladrões, os camarins lotados de gente desconhecida, Virgens de Olinda, brigas, arrastões no fim do Galo da Madrugada, flanelinhas extorquindo dinheiro por uma vaga de estacionamento na rua, mais mijo, marmanjos bêbados agarrando mulheres `a força e, o que eu mais odeio, a dificuldade de encontrar uma refeição decente. Pra cada alegria uns três aborrecimentos. Eu não quero mudar as tradições e nem estou afim de entrar em discussões, mas essa festa perdeu a graça pra mim porque todos os anos se repetem as mesmas mazelas. Hoje o Carnaval virou rotina de shows, viagens e muito trabalho. Como qualquer outro dia do ano.
Como disse, finalmente acabou o Carnaval.